Estar bem informado sobre o luto ajuda nesse processo, por isso, respondemos as principais perguntas do enlutado.
O luto pela perda de uma pessoa querida não é uma trilha, um passo a passo, e sim um processo que envolve sentimentos, pensamentos e ações (às vezes concomitantes, às vezes subsequentes, às vezes até mesmo conflitantes), pelos quais a morte impacta e ressignifica a vida do enlutado.
Segundo a psicóloga especialista em luto, Dra. Maria Helena Pereira Franco, viver o luto significa:
O Instituto 4 Estações, de psicologia, destaca, dentre as reações:
Sentimentos: choque, tristeza, culpa, raiva e hostilidade, solidão, agitação, ansiedade, fadiga, anseio (desejo de estar com a pessoa falecida), desamparo e alívio.
Sensações físicas: como o vazio no estômago, aperto no peito, nó na garganta, falta de ar e/ou sentir a respiração curta, fraqueza muscular, falta de energia, estresse.
Cognições: descrença, confusão mental, déficit de memória, dificuldade de concentração, pensamentos obsessivos, sensação da presença do ente querido.
Comportamentos: distúrbio de sono, sonhos com o falecido, perda ou aumento de apetite, comportamento ‘aéreo’, isolamento social, inquietação e aumento no consumo de psicotrópicos como álcool e fumo.
Todo processo de luto é vivido como algo único, assim como foi única a relação rompida pela morte. Não é possível fazer comparação entre lutos.
É importante que você entenda o que está sentindo e saiba procurar ajuda quando o seu processo não caminhe na direção de uma reconstrução da identidade e da vida, sem a pessoa que partiu.
O que sugere que você já lida melhor com sua perda, é ser capaz de se lembrar da pessoa que morreu sem dor (podendo sentir tristeza) e/ou manifestações físicas (como o choro intenso e a tensão no peito). Você estará readquirindo o interesse pela vida, sentindo-se mais esperançoso(a) e se adaptando a novos papéis.
Cada um imprime um ritmo próprio a esse processo evolutivo, no entanto, o luto deve avançar. Em termos de tempo, não dá para ser preciso quanto a quando termina, porém, de acordo com o Instituto 4 Estações, na perda de familiar próximo, dificilmente a elaboração do luto se dá em menos de um ano. São comuns e até esperados episódios de ‘recaída’, em especial nas datas significativas como o aniversário do ente querido e Natal.